Historia

Historial (***)

Estoi, aldeia e freguesia do concelho de Faro na sua zona rural, estendendo-se desde a fértil Campina de Faro, até aos picos da Serra de Monte Figo (Cerros de São Miguel, Malhão e Guelhim) que constituiam desde a Antiguidade os faróis indispensáveis á navegação e que são verdadeiros miradores naturais dessa Riviera que é o litoral Algarvio.
A sua localização, associada à boa qualidade de solos e à existência de várias fontes riquíssimas de águas, foram parâmetros que levaram a que a zona fosse fortemente povoada desde os tempos mais remotos, como atestam achados arqueológicos.

Foram também essas condições privilegiadas que levaram durante o Domínio Romano à construção da Villa Milreu.

Trata-se da mais rica villa rústica, desse período, existente no pais, com uma vasta área de construções agrícolas, lagares de vinho e azeite, palácio dotado de termas, com pavimentos integralmente revestidos a mosaico policromo, paredes com estuques pintados, decorada com estatuária Imperial e um templo de construção erudita.

Crê-se ter sido a habitação do governador romano de Ossonoba e que provavelmente este era aparentado com a família Imperial.

Em períodos posteriores Estoi continuou a ser escolhida pelas famílias mais nobres de Faro, para aqui construírem as suas casas apalaçadas, onde viviam, pelo menos, parte do ano.

O seu palácio Barroco, a mais significativa jóia da arquitectura civil, construída nessa época, na zona a sul do Tejo, mandado construir por Francisco José Pereira do Carvalhal e Vasconcelos, Fidalgo da Corte, da nobreza de Cota de Armas do Algarve, atesta tal situação.

A sua Igreja matriz, Renascentista, dotada hoje em dia de majestosa fachada neoclássica, com projecto do arquitecto italiano Francisco Xavier Fabri, rodeada por um conjunto de casas nobres e imponentes, semelhantes a muitas outras espalhadas pela aldeia, dão à sua Praça da Liberdade, a “Sala de Visitas” da terra, a dignidade de um “Forum”.

A abundância de água, associada à riqueza deste Património Histórico Construído, faz de há muito a diferença de Estoi, para as restantes aldeias do Algarve, sendo a justificação para os elementos constantes dos seus símbolos heráldicos.

Ordenação Heráldica
(Edital nº.146/2008, publicado no Diário da República, 2ª. Série – nº. 122, de 26 de Junho de 2008)


BRASÃO

Escudo vermelho – representando a herança cultural da civilização muçulmana nos 7 séculos de ocupação do Algarve;
Coluna rematada por capitel coríntio de prata rematado a negro – representando o Património Construído da Aldeia;
Capela (coroa) de louros de ouro à destra – representando a civilização romana presente no seu Monumento Nacional, as Ruínas de Milreu;
Coronel (coroa) de nobreza à sinistra – representando a nobreza portuguesa presente em Estoi, no seu Palácio de Estoi;
Campanha diminuta de três tiras ondeadas de prata e azul – representando a riqueza de água doce da freguesia;
Coroa Mural de Prata de três torres – própria das freguesias;
Listel branco com a legenda a negro: “ESTOI”


BANDEIRA

Branca, com cordão e borlas de prata e vermelho
(Extraído de publicação da Junta de Freguesia de Estoi)

          (Fonte: Direcção Geral de Arquivos)


(***) AGREGAÇÃO

Esta freguesia foi agregada à freguesia de Conceição e passou a designar-se por "União de Freguesias de Conceição e Estoi", com sede na Conceição de Faro, concretizado pelo acto eleitoral de 29 de Setembro de 2013 e tomada de posse da nova Junta em 14 de Outubro de 2013.

Os serviços administrativos funcionam em ambos os edifícios das antigas juntas, nas respectivas localidades de Conceição e Estoi, no concelho de Faro.

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