terça-feira, 25 de julho de 2023

FALECEU MANUELA ALVES

  


Da Conceição de Faro e de Estoi, seus “dois amores”, sendo que um deles, o seu amado marido Estoiense, Osvaldo “Baguinha”, tudo fez para a manter feliz e sorridente, mesmo nos terríveis anos da doença que a afectou e a levou para o Céu, onde merece estar e ficar, olhando-nos com aquele olhar perspicaz que possuía e fazia dela mulher vulcão, frontal e directa, amiga da sua gente, trabalhadora, folclórica ou charoleira que fosse…

A Manuela lutou, lutou sempre, primeiro por causas sociais onde se envolveu, no Canadá onde viveu ou pelas nossas duas aldeias vizinhas e “ainda” unidas, tentando arranjar algum dinheiro junto da emigração e da nossa população, não para seu uso pessoal, mas para o povo humilde e mais carenciado, na tentativa de comprar uma “Ambulância”, mais tarde “Viatura Comunitária”, que servisse a população, depois pela própria vida, numa terrível doença oncológica que combateu arduamente durante anos…

Infelizmente, os tempos que viveu, lutando por estas causas, não lhe foram totalmente satisfeitos, afastada que foi da gestão directa da compra da tal viatura comunitária, por razões diversas, incómodas e que tanto a entristeceram, lutando por uma causa tão meritória e altruísta ela era!..

Os seus muitos amigos irão recordá-la e prestar-lhe um tributo de presença no seu funeral, que na manhã de 4ª feira, dia 26 de Julho, pelas 11 horas ocorrerá na Igreja da sua terra natal – Conceição de Faro

Paz à sua boa alma! Que Deus a tenha em Sua Boa Graça, lá no Céu, onde irá finalmente descansar, aqui deixando o testemunho de persistência, coragem e perseverança, que sempre soube emprestar à sua impoluta conduta terrena.


Tive a subida honra de ser seu amigo e partilhar momentos bons, empolgantes e menos bons, como em tudo na vida. Gostámos sempre muito de Estoi! 

Deixámos algo para os vindouros. Uma semente frutificará, um poema simples deixarei em sua memória, porque ela tanto gostava de versejar… 


Vamos lá ver, amiga Manuela, o que sairá deste amigo, triste, desconsolado, por sentir a tua falta…

 

Lutadora irreverente e persistente
Com poemas que fazias inspirados
Sinto a tua falta, mas estás presente
Amaste a vida!.. Teus amores tão amados…

 

Partiste desta vida tão cruel
Essa doença! Que terrível ela foi…
Fizeste tão bem o teu papel
Honraste a nossa aldeia de Estoi.                     


Faro, 24/7/23
(J. Aleixo)